Cena do Crime – Mistério e morte no Cecil Hotel

Essa docuséries da Netflix de 4 capítulos conta a história do desaparecimento e morte de Elisa Lam, que se hospedou no Cecil Hotel em 2013.

Sua história foi alvo de incontáveis teorias da conspiração e discussões sobrenaturais depois que a filmagem do elevador do hotel – o último registro de Elisa em vida – foi divulgada pela polícia.

A história do hotel, que em poucos anos comemora seu centésimo aniversário, não é das melhores.

Mortes, assassinatos, brigas e até mesmo residência de assassinos em série estão em seu currículo. Soma-se isso ao estranho desaparecimento de Elisa e temos aí muito material para cair na graça dos investigadores online. E foi isso que aconteceu.

O que eu mais gostei desse documentário é que ele foi editado de um jeito que conta a história de forma muito clara e responsável, e acima de tudo, respeitosa com a história de Elisa. Ele também entrevista gente de todos os lados da história: a gerente do hotel na época, investigadores policiais, youtubers que espalharam as teorias na internet…

E por quê a indicação de Cecil Hotel tá aqui nesse espaço?

Porque ele também entrevistou um outro lado nunca antes visto: uma pessoa que foi prejudicada pela investigação amadora.

Morbid é um músico que foi injustamente acusado de ter sido o responsável pela morte de Elisa. Algumas contas que falavam do caso Elisa Lam apontaram ele como suspeito mesmo sem nenhuma prova concreta. Viram que ele havia se hospedado um ano antes no Cecil Hotel e, ao analisar seu canal no Youtube que era voltado para fãs de black metal, julgaram que ele só poderia ser o assassino. O músico passou a receber ameaças de morte, teve suas contas deletadas e tudo isso quase acabou com a sua vida.

Isso diz muito sobre o movimento de fofocas e acusações do “juri da internet”, e ver como esse caso o impactou mexeu demais comigo ao ver a docuséries.

Além disso, Cena do Crime também levanta questões importantes sobre transtornos mentais, tentando desmistificar esse assunto e humanizar quem sofre disso. No fim, me peguei pensando na nossa responsabilidade sobre esse assunto também.

Eu adorei e fica a dica pra quem quiser assistir. 🙂

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